Engenheiros Agrônomos são protagonistas no desenvolvimento sustentável e na produção de alimentos na Bahia.

“Na Bahia, queremos que esses profissionais continuem cada vez mais, sendo protagonistas do desenvolvimento sustentável”, afirma o engenheiro agrônomo e chefe de gabinete do Crea-BA, João Bosco Ramalho.

Bahia possui cerca de 8,5 mil engenheiros agrônomos registrados no Crea-BA.

Neste mês, é celebrado o Dia do Engenheiro Agrônomo. A data foi instituída em virtude do Decreto-Lei nº 23.196, de 12 de outubro de 1933. A escolha celebra a regulamentação da profissão e homenageia os profissionais que atuam na gênese da produção de alimentos, fibras e recursos naturais sustentáveis.

Na Bahia, o papel desses profissionais vai além do campo, entrelaçando questões econômicas, sociais e ambientais. Para João Bosco Ramalho, engenheiro agrônomo e Chefe de Gabinete do Crea-BA, essa é uma profissão estratégica para os desafios presentes e futuros, com foco no protagonismo do desenvolvimento sustentável.

“O engenheiro agrônomo atua desde o planejamento da produção até a inovação tecnológica, passando pela conservação ambiental e pelo fortalecimento da agricultura familiar. Na Bahia, queremos que esses profissionais continuem cada vez mais sendo protagonistas no caminho do desenvolvimento sustentável”, afirma Ramalho.

A Bahia conta com cerca de 8,5 mil engenheiros agrônomos registrados no Crea-BA, sendo aproximadamente 6.406 homens e 2.111 mulheres. Esses profissionais integram um universo mais amplo nacional, no qual o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea) estima a existência de cerca de 93.745 engenheiros agrônomos registrados no Brasil.

A presença expressiva desses profissionais na Bahia reflete tanto a importância da atividade agropecuária quanto às demandas por uma atuação técnica qualificada para garantir produtividade, uso sustentável dos recursos naturais e ampliação de mercados.

O agronegócio baiano segue se destacando. Em 2024, a Bahia reconquistou a liderança nacional na produção de cacau, ultrapassando o Pará, com uma produção de 139.011 toneladas. Além disso, nove municípios baianos figuram entre os mais ricos no agronegócio nacional, com destaque para São Desidério, Formosa do Rio Preto, Barreiras, Correntina e Luís Eduardo Magalhães.

A relevância dos engenheiros agrônomos é notável também no apoio à Agricultura Familiar, setor historicamente responsável pela produção de cerca de 70% dos alimentos que compõem a cesta básica dos brasileiros, com dados do Censo Agropecuário de 2016 reforçando essa participação.

O avanço da agroecologia e a implementação de sistemas agroflorestais (SAFs), que são agroecossistemas sustentáveis de produção de alimentos, também se apresentam como importantes desafios e campos de atuação para os Engenheiros Agrônomos. Essas práticas, que promovem a proteção dos solos e das águas, além de atuarem no sequestro de carbono, demandam um corpo técnico capacitado para garantir a sustentabilidade ambiental e produtiva.

Adicionalmente, um dos eixos centrais para o crescimento econômico do setor é a agregação de valor aos produtos da agricultura. Nesse sentido, o engenheiro agrônomo desempenha um papel fundamental ao assumir a responsabilidade técnica de empreendimentos agroindustriais, garantindo qualidade, inovação e a segurança dos alimentos que chegam ao consumidor final.

As oportunidades são grandes e o papel do Crea-BA é, justamente, fomentar esse protagonismo. “No Crea-BA, estamos empenhados em criar uma ponte entre o profissional agrônomo e os programas públicos, incentivar ações de inovação, apoiar cursos e fomentar parcerias. Queremos que cada município tenha vários engenheiros agrônomos para o planejamento do desenvolvimento rural sustentável”, finaliza João Bosco Ramalho.

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